UMA CAIXINHA ESPECIAL...

Este é o Baú!
Um espaço de gratidão às origens, às nossas raízes.
Um espaço de partilha e de saber...
Um espaço meu, teu, de todos nós... dos que partiram, dos que cá estão e ainda dos que um dia chegarão!
Um espaço da família e para a família!
Ser/ter família é uma dádiva, uma celebração, um dom.
É o tesouro que cada um de nós guarda docemente no íntimo do Ser.
Tesouro de afectos, de memórias, de partilha, de descoberta, de saberes, de saudade, de amor...
Embora diferentes, cada um de nós é especial! Herdamos um nome, uma identidade, criamos laços de união únicos e intemporais.
Nestes laços enlaçados, as nossas lembranças, as nossas histórias, as nossas memórias, a nossa vivência... - pérolas para o nosso Baú - o Baú dos Massas.

Aqui, novas pérolas chegarão!
Todos juntos vamos partilhar experiências, partilhar alegrias, partilhar histórias...recordar o passado, falar do presente e acreditar no futuro!
Um dia, esta caixinha especial será um tesouro nas mãos de futuras gerações...
E os laços permanecerão!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

"Pois, eu sei... sou suspeita"

Vou falar do meu filho... João!
Como mãe que sou, sou um bocado suspeita, para falar dos meus filhos, mas já que a minha irmã lançou o "isco" em relação ao João, e ao seu percurso, aqui estou eu para comprovar o que ela disse.
Realmente desde muito pequenino o João rabiscava e rabiscava e entretinha-se, dias inteiros, com um lápis e com papel nas mãos e punha a sua imaginação a funcionar...
Com dois ou três anitos lá "desenhava" animais imaginários, que fazia questão que eu legendasse... mais tarde, quatro ou cinco anos, quando aprendeu a ler e escrever, começou por fazer desenhos mais perceptíveis, que me oferecia (todos os dias eu tinha uma "prenda", onde dizia "Para a melhor Mãe do Mundo").
Por volta dos seis anos, começou a interessar-se pelo o mundo dos dinossauros ... e foi aí realmente, que se começou a perceber, que o João tinha um talento... (sinceramente, nunca dei importância!!!), desenhava todo o tipo de dinossauros e sabia o nome de todos eles, dezenas de nomes esquisitos...



Além de desenhar, denotava-se a sua criatividade e imaginação nos pequenos pormenores que, aos olhos de um "leigo" passava despercebido e na própria legendagem que ele fazia questão de inserir nos ditos desenhos... fazia banda desenhada, jogos, jornais, "livros" sobre animais...

Pois, eu sei...sou suspeita...
Os anos foram passando e o seu talento ficando mais vincado... sempre fez disso um passatempo... para ele era normal... para mim também...

Aos nove anos, quando andava no 5º. ano (o João entrou para a escola com 5 anos), ganhou o seu primeiro prémio... na escola... - desenhou a fachada da escola, para um autocolante de "Escola Limpa" - que circulou por todas as escolas do Concelho de Gondomar.


Sempre um aluno excelente, resolveu seguir Ciências, queria ir para Biologia de Investigação e estudou sempre para isso... chegou ao 12º. ano com boas notas na área de ciências... teria que fazer específica de Biologia para ingressar na Universidade no curso de Biologia de Investigação... as Específicas eram em Junho e... no dia 23 de Maio de 2004 o João resolveu mudar de curso...
"Mãe, quero ir para Design de Comunicação! Não quero seguir Biologia!"
"Nesta altura do "campeonato"??!!!" - pergunto eu...
Como é natural, teve todo o nosso apoio e então comprou os livros de História de Arte, para poder fazer a específica de História de Arte, e toca a estudar... os exames estavam a menos de um mês e ele nunca tinha tido no secundário aulas de arte ou desenho e sim... saiu do exame com a nota de 17 valores.
Ingressou na ESAD - Escola Superior de Arte e Design em Matosinhos, onde continua a aperfeiçoar o seu talento e aprender novas coisas que, lhe têm servido para o seu percurso, cada vez mais rico...

Pois, eu sei... sou suspeita...

Feliz Aniversário!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

EU BEM QUE DIZIA...

Eu bem que dizia... "um dia vai dar que falar"!
Era algo que eu sentia! E, nunca por algum momento, deixei de pensar assim! Sabia que, se assim fosse, seria por bons motivos, ou seja, algo por aí, na área das artes. Pequenito, pequenito, dois, três anitos, lá, no seu mundo imaginário e submerso na sua timidez, rabiscava no papel desenhos cujos traços me “obrigavam” a ficar presa minutos sem fim a observar a “obra prima”.
De facto, eram rabiscos, desenhos, “telas” A4 tão habilmente desenhadas e com pormenores tão vincados, tão fora do comum para uma criança daquela idade, que eu própria ficava literalmente “pasmada”. Os seus desenhos eram compostos por “personagens” perceptíveis mas algo “estranhas”. Estranhas nos traços, na composição, de tal forma que se foram tornando num cunho pessoal do pequenote. Não via isso em desenhos de alguma outra criança! Para mim, embora nada perceba de desenho e muito menos de arte, eram autênticas obras dignas de alguém com um dom, um talento, que eu própria e, suponho que ninguém, sabia onde iria dar...
Não eram desenhos normais, coloridos, com casinhas, carrinhos, florinhas e coisas assim. Era mais à base de composições que se complementavam umas às outras e. no seu todo, formavam um harmonioso conjunto. Ainda para cúmulo, trabalhava a preto e branco e à base de sombras. Era estranho ver um puto desenhar assim, ao ponto de vezes sem conta dar comigo a reflectir...
E os anos foram passando e o puto inconscientemente, lá com os seus rabiscos foi cada vez mais me convencendo que um dia esse seu dom ia “dar coisa”. Eu própria comecei a dar-lhe a conhecer o que pensava, mas para ele, era algo normal, sem qualquer interesse e muito menos um dom ou talento. Pena é, não ter algo feito por ele em pequenote, para comprovar minhas palavras. Talvez sua mãe, depois de ler este post, o comprove...
O que é certo é que o puto cresceu. Naturalmente, como qualquer criança e adolescente foi-se introduzindo nas novas tecnologias, explorando mais e mais, até que, numa de entretenimento e lazer, começou a “pôr à prova” todo o seu talento e criatividade, na área do design.
E o tempo foi passando...
... e um dia...
... eu bem que dizia!

(Nota: No próximo post, para quem não sabe de quem falo, uma das últimas do “puto”, ok? Só estou à espera da devida autorização...
E já agora, para que o seu percurso fique mais ou menos actualizado neste blog, a pouco e pouco, serão colocados posts,)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Parabéns ao Hugo...


Hoje é o teu dia, Huguinho!
Muitos beijos, muitos miminhos, muitos xi-corações, muitos sorrisos e abraços,
muitas prendinhas e ... muitos aninhos de vida.
Feliz Aniversário!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Aos meus olhos.... avó Iva!

Sei que não é relevante!
Também sei que não nos devemos concentrar no passado e no futuro, mas sim no presente, no agora! Mas, por vezes, recordar, relembrar, extrair das gavetas da memória, é bom para a alma, é balsâmico, é reconfortante, é intimamente sorrir!
Perguntar-se-ão, talvez, não sei, porque e para que este simples testemunho. Apetece-me, simplesmente. Apetece-me falar da avó. Da avó Iva! Não na sua plenitude, mas de um pouquinho de sua doce imagem, tanto quanto me lembro.
Quando partiu, esta sua neta tinha 13 anos. E, por isso, por vezes, dou comigo a pensar, que tipo de imagem guardam da avó todos aqueles que não tiveram a felicidade de a conhecer.
Naturalmente, cada um de nós guarda no intimo a imagem que adquiriu ou foi construindo ao longo do seu crescimento, do que aqui e ali foram percepcionando. Uns a conheceram, outros não. Apenas os mais velhinhos (netos, entenda-se), "saborearam" o prazer de ir crescendo com a Avó. Memórias ficaram. Doces, espero. Falo por mim!
Por isso, escrevo. Partilho. Apetece partilhar sua imagem ternurenta.
Em mim, um sorriso de ternura e de saudade. É tão bom recordá-la, tão tranquilizador...
Deixo-me levar e, nesta serena onda de energia, a figura da avó.

Corpo franzino, aspecto castiço... Era magra, não muito alta, tez amorenada.
O seu modo de vestir era, tanto quanto me lembro, praticamente o mesmo: saia e blusa, não esquecendo nunca o aventalito (feito por ela) sempre que se encontrava em casa. No entanto, variava nas cores e padrões, ao contrário da habitual roupa escura que a grande maioria das mulheres da sua idade vestia na altura. Usualmente, calçava chinelito ou sandália. Apenas no Inverno, vestia lá mais um casaquito de lã, blazer, ou casaco de fazenda, colocava um sapato fechado, uma meiinha e lá ia ela, um tanto apressada, nos seus passos pequeninos, o que lhe conferia uma certa graça no andar.

Tinha um cabelo não muito farto, mas longo o suficiente para que, com a sua travessa acastanhada de pentes largos, o penteasse, puxando-o habilmente para trás, onde a sua bonita e genuína madeixa branca se salientava do tom acastanhado escuro, mesclado com algumas brancas, do resto de seu cabelo.
Com uma hábil rapidez de gestos, formava o puxinho (o chamado carrapito), que era seguro com a mesma travessa e que a caracterizou por uns bons anos. Andava sempre penteadinha, super arranjadinha, nunca com aspecto de desleixo... Era um mimo, um primor...

Lembro ainda, o cuidado em sempre usar seu bonito e longo cordão, bem como o alfinete de peito (camafeu?). Duas peças em ouro (quase inseparáveis) que orgulhosamente usava e faziam parte da sua figura, enquanto mulher cuidada.

Sua face... Ah, a sua face! Sua face era linda. Apesar de semi enrugada, talvez pelas marcas do tempo e das agruras da vida, emanava uma profunda energia, como que algo de mágico se tratasse - feições calmas, serenas, doces...
A sua expressão facial era de uma naturalidade e candura que, confesso, me fascinava. Na realidade, raramente apresentava expressões de mal estar, mágoa, sofrimento ou até de "agressividade". Aliás, não lembro sequer de um queixume...
Sei que, para a avó se sentir feliz, apenas lhe bastava olhar em seu redor e vêr todos os seus felizes. Bastava-lhe isso e tudo estava bem!

Os seus olhos, eram pequenos, amendoados acho! Côr castanho escuro. Doces, meigos, ternos, profundos.
Os seus olhos "falavam". Dizia-nos com o olhar o quanto nos amava, o quão bom era ser Avó!
A alegria emanava do seu olhar, ao observar os netos.
Para ela, todos eram especiais. Não havia distinção, sei! Adorava-os!

De seus lábios palavras dóceis, é o que guardo!
Tinha uma boca pequena e lábios bem desenhados. Mas quando sorria, era bom vê-la. Bastava sentir-se feliz! Ficava fofinha, encantadora, porque o sorriso dela era algo tímido, meio escondido, envergonhado... Tinha algo de muito peculiar.

Suas mãos eram mágicas! Tudo se transformava. A avó era mestre em tudo quanto fazia.
Ai, aqueles sabores sem igual dos seus cozinhados. Ai aquelas comidinhas tão boas, com um aroma que nos aguçava os sentidos...
A casa, sempre impecável. Limpa, asseada, fresca... Recordo o cheirinho a sabão amarelo e depois a cera...
E a costura? Impar, sem igual! Tudo se fazia! Dominava a arte de costura com inteligência e sabedoria: vestidinhos, saiinhas, calções, babeirinhos, biquinis, saquinhos - roupinha tão linda que fazia amorosamente para os netinhos. Ainda hoje guardo um biquini que fez, qual relíquia...
A roupinha - era tão bom ir para o tanque do sr. Belmiro - sempre lavadinha à mão, claro e, quantas vezes, a seu lado, a via pôr a "corar" a roupa (para ficar ainda mais branquinha) e a ajudava, chegando molas, a estender roupa, sempre com ar fresco e cheiroso.

Mas, as suas mãos também acarinhavam, acariciavam, nos tocavam com uma sensibilidade que só uma avó sabe, depois de uma mãe.
Em todos os seus gestos uma enorme e incansável entrega, sem nunca proferir um queixume de cansaço.

A avó era de facto de uma generosidade e afecto inesquecíveis!
A avó era uma mulher, no seu todo, linda!
Era uma mulher de garra, modesta, simples, humilde, verdadeira, batalhadora, corajosa, respeitadora, dedicada.
Possuía uma ternura, uma meiguice, uma doçura, uma entrega, uma força, uma fé, uma presença incomparáveis.
O seu Amor era incondicional!
A sua missão era a Família e o Lar e como bem cumpriu, hoje que sou mulher o digo!
Na simplicidade da sua sabedoria foi uma grande mulher, esposa, mãe, companheira, amiga e avó.
Na sua história de vida, quanto orgulho!
Respeito, admiração é o que sinto!
Abençoada também, pela dádiva de a conhecer. E amor, muito amor!

Não serei a única, sei! Outros a conheceram e com ela conviveram... mas esta é a avó que guardo no coração. Para os que não a conheceram este meu humilde e incompleto testemunho. Outros talvez se seguirão, quicá?

terça-feira, 7 de julho de 2009

Parabéns ao Zé Miguel...


Hoje é o teu dia, Zé Miguel!
Muitos beijinhos, muitos miminhos, muitos xi- corações, muitos sorrisos e abraços, muitas prendinhas e... muitos aninhos de vida!
Feliz Aniversário!!

domingo, 5 de julho de 2009

Feliz Aniversário!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Namastê!!!


Namastê!!!
No dia 21 de Junho fui visitar o Jardim Buddha Eden com os meus pais.O Buddha Eden Garden (Jardim da Paz) situa-se na Quinta dos Loridos, no Bombarral. Dos 100 hectares da propriedade, o jardim ocupa aproximadamente 35 hectares .Com cerca de 6000 toneladas de mármore e granito, Budhas, estátuas de terracota, e várias esculturas colocadas entre a vegetação. Este espaço verde com um lago central é um local de paz e tranquilidade. A escadaria central é o ponto focal do jardim. Com 700 soldados de terracota espalhados no jardim, pintados à mão. No lago podemos observar os peixes Koi.Apesar do calor que se fazia sentir e da caminhada, valeu a pena visitar este lindíssimo jardim. A visita ao local é gratuita, mas se fosse paga seria um dinheiro bem dado!